

A Universidade de Évora foi fundada em 1 de Novembro de 1559 pelo Cardeal D. Henrique, Arcebispo de Évora, mais tarde Rei de Portugal, a partir do Colégio do Espírito Santo. Foi instituída por bula do Papa Paulo IV, como Universidade do Espírito Santo e entregue à Companhia de Jesus, que a dirigiu durante dois séculos. Em 1759 foi encerrada por ordem do Marquês do Pombal, aquando da expulsão dos Jesuítas.
Voltou a ser reaberta em 1973, por decreto do então ministro da Educação, José Veiga Simão. No mesmo local onde a antiga Universidade fora fechada, foi criado o Instituto Universitário de Évora (IUE). Em 1975 foi criada a Escola Superior de Estudos Sociais e Económicos Bento de Jesus Caraça pelo Decreto-Lei n.º 513/75, de 20 de Setembro, procurando substituir o Instituto Superior Económico e Social de Évora (ISESE), fundado em 1964 - por iniciativa da Companhia de Jesus e da Fundação Eugénio de Almeida - que suspendeu as actividades lectivas na sequência do 25 de Abril de 1974. Em 1976, a Escola Superior de Estudos Sociais e Económicos Bento de Jesus Caraça é extinta e os seus alunos são integrados no recém-criado Departamento de Economia do IUE.
Em 1979, o Instituto Universitário de Évora dá lugar à nova Universidade de Évora.
A Tradição Académica não é mais que a condensação de todas as praxes e rituais que figuram já na longa história da Universidade de Évora.
O conhecimento e o reencontro com o passado histórico de uma qualquer instituição transformam-na numa organização mais rica, marcante e merecedora de respeito. A obra que o Conselho de Notáveis tem feito pela academia eborense, não é mais que assegurar a preservação do conhecimento do passado Universitário na cidade de Évora e assegurar a sua execução ao longo dos tempos.
Tem sido objectivo do Conselho colocar em prática todos os preceitos e regras em todos os cerimoniais académicos.
UNIVERSIDADE DE ÉVORA
Pela CEGARREGA (Código Estudantil de Graus Académicos Regulamentos e Regras de Exegese e Gírias Académicas, da Universidade de Évora) está garantida a passagem das regras e preceitos do cerimonial académico por toda a comunidade ao longo dos tempos. É o livro do conhecimento para quem pretende fazer da Tradição o seu modo de vida. A universalidade do seu conhecimento faz com que cada membro da Universidade conheça o seu papel na dinâmica da Tradição Académica Eborense, e assim a possa cumprir, dando-a a conhecer e perpetua-la pelos tempos vindouros. Sendo a sua aplicação constante ao longo do ano, a importância de se dar a conhecer de um modo escrito e acessível a todos promove a sua fidelidade com os actos primordiais da instituição.


A capa é o denominador comum na maioria dos trajes académicos das academias nacionais. É nela que o estudante faz espelho da instituição e dos seus laços afectivos, fazendo para isso a incorporação na fazenda preta de insígnias, rasgões e outras artes. As restantes peças que compõem o traje eborense são muito similares na forma de outros trajes congéneres, no entanto o seu uso e costumes, são vinco da individualidade da academia alentejana, conferindo-lhe identidade. Em Évora, a garantia de igualdade de todos os estudantes, quando envergando o traje académico, é uma condição da qual o Conselho de Notáveis não abdica, adoptando para tal regras e normas para a sua observância.
Se a praxe sublinha o começo, a Queima das Fitas é a cerimónia que marca o fim de um percurso académico, onde os laços com a instituição são cortados, para assim, carregado de conhecimento obtido pelo “Honesto Estudo com longa Experiência Misturada”, o finalista possa prosseguir o seu projeto de vida. Além do fogo, simbolizado pela chama que queima a fita, a água aparece com a simbologia do nascimento para esta nova etapa, e de modo a completar o ciclo, a imersão na água do recém-licenciado, faz que com que fiquem retidas nesse meio aquoso as experiências e saber acumulados, ao longo da sua estadia na Universidade. Este é o passo onde o ciclo é completo já que é nessa mesma água onde os bichos irão privar com esses saberes, aquando da sua cerimónia da chocalhada.
As Tunas, o grito académico e as Trupes são também um símbolo na Universidade de Évora.
Tradição Académica
A Praxe, não é mais do que o início do caminho académico no novo meio de saber. Constituída por variadas cerimónias carregadas de conhecimento e simbolismo, é o modo de reviver em cada começo do ano lectivo a tradição, dando-a a conhecer e pondo-a em prática, garantindo a sua perpetuação e divulgação. O ponto alto deste capítulo académico é sem duvida a cerimónia, onde se oficializa a relação de afilhado(a) com padrinho/madrinha e a chocalhada, onde os bichos absorvem conhecimento e experiência de um modo voluntário e espontâneo.
![]() Tuna Masculina Seistetos de Évora | ![]() Universidade-de-Evora3_Carrusel | ![]() Queima das fitas em Évora |
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![]() TAFUÉ | ![]() images | ![]() Chocalhada no dia 1 de Novembro |

