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Évora
Coimbra

Das várias atividades de praxe, a “praxe do autocarro” é também muito utilizada, e foi a escolhida pelos estudantes da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Esta tem como objetivo criar o espirito de equipa em todos os recém-chegados, obrigando-os a escolher um destino e a fazer uma viagem através dos movimentos. Ao longo “da viagem” os estudantes aproveitam para sujar os alunos com vários produtos de alimentação, de maneira a que estes fiquem mesmo identificados como caloiros.

Os alunos da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, aderiram a uma praxe diferente, o chamado “banho público’’. Com esta praxe, os  mais velhos do curso tentam transmitir aos que chegaram que naquele lugar são todos iguais, e todos tratados de igual forma.

Há muitas formas de desenvolver o sentido de pertença a um grupo, a uma instituição. E este ritual Haka adaptado pelos alunos de Ciências do Desporto da Universidade de Évora prova que a praxe é tradicional, respeitando regras especificas. Este tipo de praxe vai passando de geração para geração, e todos os anos no dia 1 de Novembro, é apresentada a coreografia nas escadas principais do Colégio Espirito Santo.

Lisboa

As Escadas Monumentais são um dos mais importantes monumentos de Coimbra e um dos pontos onde os estudantes mais gostam de praxar os caloiros, obrigando estes a subir e descer a escadaria vezes sem conta, ao mesmo tempo que contam os degraus. Este tipo de praxe serve para os caloiros ganharem espirito de equipa, e de união.

Praxe académica é a designação dada ao conjunto de regras e regulamentos que regem as relações hierárquicas e sociais da comunidade estudantil. 

É portanto o conjunto de determinações respeitantes ao protocolo e etiqueta que orientam o modus procendi e o modus operandi do estudante, no exercício da sua cidadania académica e vivência das várias manifestações da Tradição.

Desta maneira, a Praxe será entendida como a Lei Académica que define aquilo que, na Tradição, é objecto de regulamentação e que está sob a sua jurisdição (significa isso que nem tudo na Tradição Académica é -da- Praxe). 

Já dizia António Nunes que “a Praxe pode definir-se em sentido restrito como o conjunto de normas criadas e vivenciadas pelos estudantes que regulam as relações entre os novatos/caloiros e os alunos dos anos mais avançados (doutores) e ainda as relações entre os estudantes, lentes e futricas. Neste sentido, a Praxe é sinónimo de estilos ou leis que instituem as diversas hierarquias internas, os rituais de iniciação e de passagem, como usar o Trajo Académico, os objectos e espaços interditos, e também o regime de sanções disciplinares e de emancipações”

 

Associado à praxe académica, está o mote Dura Praxis, Sed Praxis.  Erradamente se entendeu tal mote como a expressão de um conjunto de práticas relativas a caloiros e que se caracterizava (e devia caracterizar) pela dureza (física e/ou psicológica), quando, na verdade, e fiel à inspiração do mote jurídico, significava que a Praxe era "dura" porque era isenta, porque deveriam de ser tratados todos de igual forma, todos iguais perante a lei (lei académica). 

Porto
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