Tal como na vida em sociedade e em qualquer raça animal estas regem-se por hierarquias, assim entre estudantes existem também hierarquias não colocando em causa a igualdade das relações interpessoais. 

 

"A praxe ensina-nos que na vida há uma hierarquia natural e que nós vamos ter de aceitá-la". 

                                                                                                                  Fonte: Jornal Público

 

Argumentos a favor: a praxe constitui um património, uma tradição e um conjunto de práticas consideradas indispensáveis à integração dos novos estudantes no meio universitário. Nesta perspetiva, as praxes desenrolam-se sempre num ambiente amigável, de respeito mútuo e de confraternização, que passa por brincadeiras inocentes, mesmo que impliquem rituais como “andar de quatro” ou rastejar, insultos e simulação de atos sexuais.

 

Argumentos contra: Humilhação, ridicularização, infantilidade, submissão perante os superiores que por vezes é considerada agressiva.

Os aspetos que muitas vezes fazem com que a Praxe não decorra da melhor maneira focam-se principalmente em três pontos essenciais:

 

- A falta de formação, competência e saber dos organismos de praxe: Um código escrito não basta, pois muitas vezes ele próprio se encontra longe da realidade. Vale muito mais um bom exemplo do que decretos e normas. É muito importante formar e informar o aluno, mostrando-lhe exemplos, para que este fique mais elucidado do que se trata a Praxe em si;

 

- A natureza da maioria dos códigos de praxe: uma grande parte aparece depois da implantação da instituição, não tendo reprodução escrita de usos e costumes anteriormente praticados. Um código deve reproduzir o que já era feito, o que já era tradição, para que possa ter o devido precedente histórico, social e cultural, de modo a servir de modelos futuros.

 

- A formação de cada indivíduo: Como nem todas as pessoas têm a mesma educação, defendem os mesmos ideias e não são tão respeitadores, fazem com que a Praxe nem sempre decorra da melhor maneira. Para praxar é necessário saber-se as regras, o que se pode ou não fazer, o que é ou não abusivo. O que é certo é que para muitos o que é considerado uma brincadeira, para outros é considerado uma falta de respeito. Deve-se sempre ter em conta que não existem duas pessoas iguais, daí o respeito ser a base para que tudo funcione corretamente.